Como Caim e Abel, dois irmãos confrontam-se pelo amor do pai, o homem mais poderoso do país. Este é o mote de A vontade e a fortuna, romance no qual Carlos Fuentes retorna às raízes e faz uma alegoria do México, corrupto e contraditório, moderno e mítico. Enquanto explora as diversas nuances do conceito de liberdade e vontade na atualidade, o escritor mostra que, contraditoriamente, a democracia mexicana nunca foi tão forte e seu governante nunca foi tão fraco, e que no México não há tragédia porque toda história se transforma numa tragicômica telenovela. Publicado em espanhol em 2008, ano que completou 80 anos de idade, Fuentes disseca, neste livro que já nasce clássico, as relações de poder no México contemporâneo pelo olhar dos protagonistas, Josué e Jericó.
Designado a trabalhar com o presidente da República, Jericó leva Josué aos extremos do poder, no qual ele tem a oportunidade de acompanhar o relacionamento entre os dois mais poderosos homens do México. O comportamento misterioso de Jericó - que se mantém inclusive em seus propósitos políticos na presidência do México-, leva a dupla a uma crise: apesar de não honrar suas própias regras, Jericó exige fidelidade do amigo e que ele divida tudo, despertando uma sequência de eventos que vão levar Josué a ligar os pontos de seu pasado e seu trágico futuro.
Fuentes cria com A vontade e a fortuna um clássico contemporâneo, no qual usa os axiomas que regem o maquiavélico corpo político -e que dão nome ao livro, para definir as relações de poder no México.
* Esta contraportada corresponde a la edición de 2008. La Enciclopedia de la literatura en México no se hace responsable de los contenidos y puntos de vista vertidos en ella.